Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça
Peça do mês – Setembro
Representação de Pomona
Escultura em barro e gesso
Século XIX
125,3 cm X 49 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.164
Em setembro apresentamos como peça do mês a deusa romana Pomona, guardiã dos pomares e das árvores de fruto. Esta é uma deusa unicamente romana, não existindo na mitologia grega. A deusa Pomona, está representada de uma forma em que o vestuário é cingido aos contornos do corpo; tem a mão esquerda caída, segurando um cacho de uvas, na cabeça tem uma coroa formada por parras e uvas. A figura repousa numa peanha de barro banhado por uma pelicula de gesso.
Na mitologia romana, Pomona é a deusa da abundância e dos pomares, sendo, por vezes, confundida com Deméter, deusa da agricultura. O seu nome vem da palavra latina pomum, que se traduz como fruto.
Nas Obras de Ovídio, Pomona é uma ninfa de madeira virginal que rejeitou vários pretendentes, como Silvano e Picus, acaba por se casar com Vertumno, este para a conquistar disfarçou-se de uma velha mulher que lhe dava conselhos sobre quem haveria de casar.
A deusa Pomona e o seu marido Vertumno foram escolhidos entre os Numina, ou espíritos guardiões da mitologia romana, que assistiam as pessoas ou ainda aspetos da casa ou dos campos, no caso deles, os pomares e jardins. Ela tinha o seu próprio sacerdote em Roma, os flamen Pomonalis e um bosque sagrado chamado Pomonal, localizado não muito longe de Ostia, o antigo porto de Roma. Muito representada no século XIX, em estátuas e decorações de edifícios aparece geralmente retratada carregando um grande prato de frutas.
Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça
